As empresas enfrentam o desafio de ganhar agilidade, aumentar a produtividade e preparar-se adequadamente para um mercado cada vez mais competitivo e exigente.

Dentro desse esforço, surge uma questão que pode tirar o sono dos gestores de projetos e do departamento de TI: investir em outsourcing de TI ou apostar no desenvolvimento de software por meio do modelo in-company? Tal decisão requer uma análise cuidadosa das vantagens e desvantagens da terceirização do modelo de criação de softwares.

Além disso, existem duas ferramentas que auxiliam na execução das atividades de outra área importantíssima no setor de tecnologia de informação. São os frameworks ITIL e COBIT, que são uma espécie de manuais para a adaptabilidade do TI de uma empresa às práticas de mercado.

Quer aprender mais sobre o outsourcing de TI, ITIL e COBIT? Então, continue com a gente! Vamos explicar por que o outsourcing é uma excelente opção, quais as suas vantagens, pontos de adoção, o que é ITIL e COBIT, suas semelhanças e diferenças. Não perca!

Por que adotar o outsourcing de TI?

O modelo in-company, ainda utilizado por muitas empresas, remete aos primórdios da implantação da área de TI nas organizações. Naquele momento, até pela incipiência do mercado, havia a necessidade de concentrar na própria estrutura das companhias todo o processo de desenvolvimento.

Porém, o surgimento das empresas de outsourcing de TI veio mudar esse cenário. As organizações que ainda concentram o desenvolvimento de software em uma estrutura própria arcam com custos mais elevados no que se refere à seleção e contratação de profissionais, pagamento de salários e encargos trabalhistas, além dos gastos com a política de benefícios. Além disso, manter funcionários nessa função significa retirá-los das atividades do dia a dia da TI na organização.

A adoção do outsourcing deve levar em consideração fatores como a cultura da organização, a infraestrutura disponível e o perfil de atuação da equipe de TI. Além disso, esse modelo de gestão impacta diretamente as rotinas de negócio, exigindo a adaptação dos profissionais envolvidos no desenvolvimento de um projeto de software.

Quais as vantagens do outsourcing de TI?

A terceirização do desenvolvimento de software apresenta inúmeras vantagens, todas benéficas para a organização. Confira as principais a seguir.

Expertise

Com a contratação de uma empresa para desenvolver e implementar sistemas, a organização passa a dispor de uma equipe de profissionais especializados em solucionar problemas. Além disso, ela tem acesso a diversos tipos de tecnologias, todas atualizadas e de ponta.

Economia

Ocorre a redução de despesas com desenvolvimento e suporte. A organização deixa de gastar recursos com recrutamento e seleção, treinamento e capacitação, salários, benefícios, encargos sociais, espaço físico para a equipe e infraestrutura, entre outros. Um benefício adicional é o fato de que o gestor terá condições de prever e planejar melhor os investimentos.

Flexibilidade

Toda companhia, principalmente em cenários de crise econômica, enfrenta oscilações de demanda. O outsourcing permite que ela ganhe flexibilidade e tenha tranquilidade para adaptar com rapidez sistemas e soluções, adaptando-se ao volume de negócios. Dessa forma, a organização consegue responder com agilidade às mudanças do mercado.

Inovação

Ao concentrar-se na essência do negócio e terceirizar o desenvolvimento de projetos, a empresa se livra das questões que envolvem o complexo mundo operacional. Isso permite que ela dedique ao negócio em si mais tempo e recursos humanos, o que favorece a inovação. A otimização dos recursos humanos desempenha um papel fundamental no processo de inovação.

Quais os pontos de atenção na adoção do outsourcing?

No mundo real, nem tudo são flores. Alguns críticos do outsourcing voltado para o desenvolvimento de softwares destacam riscos inerentes à adoção do modelo. No entanto, essas desvantagens podem ser contornadas, bastando que a empresa se adapte à nova realidade e crie mecanismos para enfrentá-la. O próprio parceiro na terceirização pode colaborar nesse sentido. Abaixo, veja quais são os pontos de atenção.

Integração

Os sistemas, as práticas e os métodos adotados por cada uma das partes envolvidas devem passar um realinhamento logo após a contratação dos serviços. Tanto o cliente quanto a empresa de outsourcing precisam se adaptar aos padrões do mercado e do negócio. Nem sempre esse processo é fácil, então, é necessário ter paciência.

Compreensão do negócio

A expertise em TI não significa necessariamente profundo conhecimento do negócio do cliente. Isso dá margem ao surgimento de problemas na hora de planejar e executar projetos, o que pode gerar atrasos e despesas desnecessárias. Para driblar o problema, a empresa contratada e a organização precisam trabalhar de forma articulada em todas as etapas do desenvolvimento.

Segurança

Muitos gestores temem dar a terceiros o controle — e até mesmo o acesso — sobre informações confidenciais do negócio. Nessas horas, a questão da segurança dos dados assume grande importância. Trabalhar com empresas de reconhecida atuação é uma solução. Outro cuidado se refere à carteira de clientes da terceirizada. Os executivos costumam não trabalhar com companhias de outsourcing que prestam ou já prestaram serviços para concorrentes.

A empresa tende a obter ganhos tanto no aspecto operacional quanto no financeiro. Abdicar das vantagens do outsourcing pode comprometer a atuação da organização, tornando-a menos inovadora e eficiente. Esse modelo de desenvolvimento de software permite que a companhia se torne mais competitiva.

Portanto, é importante apontar que, ainda que haja desvantagens na adoção do outsourcing, os benefícios na mudança do modelo de desenvolvimento in-company para a terceirização são muitos maiores.

O que é ITIL e COBIT?

ITIL e COBIT nada mais são do que frameworks utilizados na aplicação da governança de TI. Ambas as ferramentas são usadas de modo conjunto, complementando as suas funcionalidades. Veja um pouco mais sobre cada um delas!

ITIL

É a sigla para Information Tecnology Infraestructure Libraby, ou seja, Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação. Foi desenvolvida no final dos anos 1980, no Reino Unido, sendo amplamente utilizada pelas empresas até os dias atuais.

Tem como objetivo a atuação da gestão de projetos com foco nas necessidades dos clientes. Além disso, proporciona ao negócio agilidade nas decisões e soluções de problemas, redução do tempo da execução das demandas, entre outras diversas vantagens.

COBIT 

Atua na mesma linha da ITIL, mas tem como objetivo o apontamento de riscos possíveis e/ou já existentes que podem ou vão afetar negativamente o setor, com a intenção de preveni-los ou tratá-los. É importante lembrar que o COBIT aponta os riscos, mas não os detalha.

Além de apontar as falhas, o COBIT também contribui para a organização da empresa, otimiza os investimentos em TI e fornece métricas para avaliações de resultados. A sua versão atual disponível é a 5.0, que é a mais integrada à ITIL que já existiu.

Quais as semelhanças e diferenças entre ITIL e COBIT?

A principal semelhança entre as duas ferramentas é que elas servem como guias de boas práticas de governança de TI para o gestor de projetos. Elas são como mapas que servem de referência para que o gestor consiga aplicar o projeto de acordo com as práticas de mercado atuais.

Entre as regras estipuladas em ambas as ferramentas estão: níveis de maturidade, reconhecimento no mercado internacional e possibilidades de certificação. De forma bem metafórica, pode-se dizer que, enquanto o COBIT representa a pergunta, a ITIL representa a resposta. Por isso, o cenário ideal é aquele em que os dois são utilizados em conjunto.

Por fim, a principal diferença entre o COBIT e a ITIL é que, enquanto o COBIT atua em nível estratégico, a ITIL se concentra mais nos patamares táticos e operacionais. Com isso, pode-se concluir que o COBIT tem uma atuação mais ampla e de longo prazo, e a ITIL, mais restrita e de médio/longo prazo.  

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